Inadimplência de idosos subiu 45% no Brasil e 55% no Rio em cinco anos, mostra Serasa

A inadimplência atingia 13.304.474 pessoas acima de 60 anos no Brasil e 1.760.440 pessoas acima de 60 anos no estado do Rio, em janeiro deste ano. Os números representam altas de 45% e 55%, respectivamente, de inadimplentes nesta faixa etária desde janeiro de 2019.

Com isso, pessoas acima de 60 anos foram, no início de 2024, 18,8% dos inadimplentes no país e 24,2% no estado do Rio. Segundo Thiago Ramos, gerente da Serasa, essa aceleração aconteceu, principalmente, na pandemia.

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— Houve uma alta durante a pandemia por conta da facilidade de acesso ao crédito, o consignado. Como houve diminuição de renda de outros membros da família e aumento do desemprego, muitos recorreram aos idosos que tinham mais facilidade ao consignado. E ocorreu a inadimplência, pois não conseguiram pagar o crédito tomado — explica.

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Mas não foi só entre idosos o aumento da inadimplência nesses cinco anos. O país chegou ao recorde da taxa, considerando todas as faixas etárias, em janeiro deste ano. Mais de quatro em cada dez brasileiros estão inadimplentes. E o Rio de Janeiro faz parte de um grupo de cinco estados com mais da metade da população nesta situação. Em primeiro lugar, o Rio tem 53% da sua população adulta inadimplente, seguido de Amapá, Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso.

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— Em 2021, logo após a pior fase da pandemia, houve uma alta enorme na inadimplência. Além das muitas dificuldades e restrição ao crédito na pandemia, uma legislação limitou a negativação, represando os números no primeiro momento, mas depois voltando a crescer. Nos anos seguintes, veio o conflito na Ucrânia que encareceu alimentos e combustível. No Brasil, inflação, desemprego, trabalho informal — lista Ramos.

Segundo o gerente da Serasa, no momento, a redução da taxa de juros e o movimento da volta da inflação para convergir no teto da meta desaceleram o crescimento da inadimplência. Mas não são suficientes ainda para reduzir o número de inadimplentes.

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