Mulheres com crianças de até 6 anos de idade em, que exigem mais cuidados, têm mais dificuldade de conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho. Segundo a terceira edição do estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (dia 8), apenas 56,6% das trabalhadoras de 25 a 54 anos que se enquadravam nesse perfil estavam empregadas em 2022. Nos casos em que não havia filhos, o nível de ocupação era de 66,2%.
Essa dinâmica é bem diferente da observada entre os homens de 25 a 54 anos, para os quais a presença de crianças não limita a participação no mercado. Os níveis de ocupação deles foram de 82,8% em 2022 entre os que não tinham menores em casa e de 89% entre os que tinham crianças de até 6 anos.
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Falta de apoio institucional
Entre as mulheres pretas ou pardas, ter crianças de até seis anos em casa pode ocasionar numa desigualdade ainda maior de acesso ao emprego, com uma diferença de 10,7 pontos percentuais frente as que não tem.
— Como o dia só tem 24 horas, sobra menos para elas se inserirem no mercado de trabalho. Na ausência de redes de apoio institucional, como centro de convivência aos idosos, creches municipais, as mulheres têm menor participação do mercado de trabalho — diz Barbara Cobo, coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE.
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