Eleitores suíços rejeitam maior salário mínimo do mundo

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Cidadãos suíços rejeitaram, em uma votação no domingo, uma proposta de introduzir o maior salário mínimo do mundo, de 25 dólares por hora (cerca de R$ 10 mil), trazendo alívio para os empresários preocupados que a medida prejudicaria o mercado de trabalho suíço.

Os suíços também votaram no domingo contra um polêmico acordo para gastar US$ 3,5 bilhões comprando 22 caças Gripen, do grupo sueco Saab, que exigiria cortes de gastos em outros setores, como na educação.

Cerca de 67% dos eleitores do país rico rejeitaram a proposta de salário mínimo feita pelo sindicato suíço SGB e apoiada pelos partidos socialista e verde, segundo mostraram os resultados finais da votação.

Ao mesmo tempo, cerca de 53% bloquearam um plano do governo para liberar recursos para substituir a envelhecida frota de caças da Suíça com 22 jatos Gripen da Saab. Pouco mais de 55% das pessoas elegíveis votaram, segundo o governo.

“Se a iniciativa tivesse sido aceita, sem dúvida, teria levado a cortes de empregos, especialmente em regiões remotas e estruturalmente mais fracas”, disse o ministro da Economia suíço Johann Schneider-Ammann em entrevista coletiva, sobre o salário mínimo.

A votação de domingo é a última de uma série de iniciativas que estão sendo apresentadas aos eleitores, para tentar resolver a crescente diferença de renda no país geralmente igualitário.

Economicamente, a liberal Suíça não tem no momento um salário mínimo vigente em todo o país. O salário é determinado por contratos de trabalho individuais ou de acordos coletivos, alguns dos quais também determinam salários mínimos da indústria.

Votos populares já renderam surpresas antes, mais recentemente, em fevereiro, quando os suíços, inesperadamente venceram por uma pequena maioria uma votação para conter a imigração da União Europeia, ignorando alertas do mercado que tal medida prejudicaria a economia.

A raiva cresceu em relação aos salários dos executivos na Suíça que incharam enquanto os salários dos trabalhadores de baixa renda estão defasados.

Os defensores do salário mínimo proposto, que corresponde a um salário mensal de quatro mil francos, dizem que isso ajudaria a minimizar as desigualdades salariais e garantir, que uma pessoa que trabalhe em tempo integral, possa viver decentemente.

Os eleitores apoiaram de forma esmagadora, um referendo, no ano passado, para dar aos acionistas, voz nas decisões sobre os salários dos executivos, mas recusaram uma proposta para estabelecer como teto dos salários dos executivos 12 vezes o menor salário da empresa.

Fonte: UOL

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