O Bank of America Merrill Lynch reiniciou a cobertura da empresa de meios de pagamento Cielo com recomendação “underperform” e preço-alvo de 40 reais.
Os analistas do banco citaram que se trata de um nome de alta qualidade, com características defensivas, mas que o impulso nos resultados deve sofrer em razão de um agressivo ciclo de investimentos.
“Nós esperamos que as despesas totais alcancem o seu maior nível no segundo semestre de 2014, refletindo projetos relacionados à ‘tropicalização’ da plataforma MeS – ou seja, adaptando-a às peculiaridades do mercado brasileiro, juntamente com projetos para melhorar o serviço de apoio ao cliente.”
Além disso, citaram que o desempenho positivo da ação nos últimos dois anos deixa pouco espaço para revisão de múltiplos, “especialmente com os negócios de pré-pagamento…tendo aumentando em importância nos resultados como um todo”.
Em dois anos, a ação da Cielo valorizou-se cerca de 90 por cento. Nesta quarta-feira, o papel cedia 2,02 por cento, a 42,71 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,34 por cento.
Entre os principais riscos para a ação, o BofA citou que o fim da exclusividade da marca regional do cartão poderia mudar o esquema atual de preço — do modelo MDR, de taxa de desconto, para o modelo VAN, que inclui parceria e é menos lucrativo na visão dos analistas.
Ainda foram citados um aumento no rigor da regulação do Banco Central, maior agressividade dos bancos nos negócios de pré-pagamento, bem como competição irracional e guerra de preços dos outros principais competidores.
Fonte: Reuters
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