A Fibria está vendo estabilidade nos fundamentos do mercado de celulose nos próximos meses, apesar do cenário de competição acirrada no setor, que impactou preços do insumo no segundo trimestre.
A companhia divulgou nesta quarta-feira reversão da linha final do balanço do segundo trimestre, de prejuízo sofrido um ano antes para lucro, apoiada em efeitos financeiros positivos relacionados à variação cambial sobre a dívida, recompra de títulos e créditos tributários.
A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, teve queda anual na geração de caixa do segundo trimestre, prejudicada pelo preço mais baixo do insumo e afirmou que espera que a concorrência continue intensa nos próximos meses diante do aumento de capacidade do setor.
Porém, a empresa acrescentou que a “continuidade do bom comportamento das vendas para China e a retomada da demanda no mercado europeu esperada a partir de agosto”, devem coincidir com a concentração de paradas de manutenção programadas no terceiro trimestre, contribuindo para a estabilidade dos fundamentos do mercado.
A Fibria apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 594 milhões de reais no segundo trimestre, queda anual de 8 por cento impactada em parte pelo recuo de cerca de 2 por cento no preço da celulose.
O resultado veio praticamente em linha com a expectativa média de analistas de Ebitda de 588,4 milhões de reais, segundo pesquisa Reuters.
Por sua vez, o resultado líquido da produtora de celulose ficou positivo em 631 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de 593 milhões de reais no mesmo intervalo em 2013. A previsão de analistas apontava lucro de 547,2 milhões de reais, em média.
O resultado foi impulsionado por impacto líquido positivo de 568 milhões de reais relacionado ao programa da comissão da Receita Federal para concessão de Benefícios Fiscais e Programas Especiais de Exportação (Befiex), que será utilizado para compensar pagamentos de tributos federais.
A Fibria produziu no segundo trimestre 1,271 milhão de toneladas de celulose, volume 1 por cento menor em relação ao segundo trimestre de 2013 e estável sobre o início deste ano. Já as vendas subiram 5 por cento na comparação anual e 12 por cento na trimestral, a 1,334 milhão de toneladas.
O grupo encerrou junho com dívida líquida de 6,68 bilhões de reais, queda anual de 19 por cento. O caixa subiu 6 por cento, a 1,78 bilhão de reais. A alavancagem no período relacionada a verificação de métricas de endividamento passou de 3 vezes a dívida líquida sobre Ebitda para 2,4 vezes.
Fonte: Reutersd
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