A startup brasileira Nubank, que tem um dos cartões de crédito mais cobiçados do momento, atraiu novamente os olhares de investidores e conquistou mais uma rodada de aportes.
Desta vez, o valor do investimento série D é de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões, pela cotação atual) – o maior dos aportes já recebidos pela startup.
Há tanto fundos já conhecidos de aportes anteriores quanto estreantes nas negociações com o Nubank. O líder da rodada, por exemplo, é um fundo novo para a startup: o DST Global, entidade baseada em Hong Kong e que fez agora seu primeiro investimento na América do Sul. O fundo já investiu em negócios como Airbnb, Alibaba, Slack, Spotify e Twitter.
“O Nubank está construindo um dos melhores times de tecnologia da América do Sul e estamos animados para trabalhar com eles”, afirmou Tom Stafford, sócio administrador do DST Global, em comunicado do próprio Nubank sobre o novo aporte.
Outras entidades estreantes para o Nubank e que compõem esta nova injeção de capital são o Redpoint Ventures e o Ribbit Capital. Alguns fundos já conhecidos de aportes anteriores do Nubank que também compõem a rodada são o Founders Fund, o Sequoia Capital e o Tiger Global Management.
A startup irá usar o dinheiro para acelerar seu crescimento e continuar investindo em infraestrutura de ciência de dados e tecnologia. Além disso, também está focada em trazer novos funcionários para os times de ciência de dados, design e engenharia.
Este é o quinto aporte que a startup recebe desde sua fundação. O Nubank já havia recebido outros quatro investimentos: um aporte inicial para começar o negócio, em julho de 2013; um outro investimento logo no lançamento da startup; um aporte de 90 milhões de reais em 2015; e, por fim, um investimento de 208 milhões de reais no começo de 2016.
Até hoje, o Nubank já arrecadou mais de 600 milhões de reais nas cinco rodadas de investimentos acumuladas.
Nubank
Criado em setembro de 2014 pelo empreendedor David Vélez, o Nubank já acumula mais de sete milhões de pedidos para seu cartão de crédito internacional MasterCard, também segundo o comunicado.
O cartão do Nubank não tem taxa de anuidade nem tarifas, além de cobrar juros rotativos – cobrados em caso de atraso ou parcelamento da fatura – abaixo da média do mercado. Todo o acompanhamento é feito via smartphone.
Segundo a empresa, o cartão tem feito sucesso por suprir uma demanda reprimida dos consumidores, que estão acostumados com taxas de juros exorbitantes, atendimentos burocráticos e poucas informações e meios para controlar gastos no crédito.
“Nosso sucesso e crescimento exponencial colocou o Brasil de volta no mapa,” disse David Vélez, fundador e CEO do Nubank, no comunicado. “Antes do Nubank, quase não existiam fintechs por aqui. Hoje, no entanto, já são mais de 200. Nós mostramos para empreendedores e investidores que, apesar do cenário econômico atual, o Brasil está cheio de oportunidades.”
Para obter o cartão, além de ser proprietário de um smartphone com sistema Android, iOS ou Windows Phone, o consumidor precisa ser aprovado em uma análise de crédito.
Fonte: Exame
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