A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, ao assinar o contrato de concessão do aeroporto de Confins, em Minas Gerais, esperar que a parceria com a iniciativa privada nos principais aeroportos do país melhore a qualidade dos serviços.
O consórcio formado pela CCR e pelas operadoras Flughafen Munchen e Flughafen Zürich AG foi o vencedor da concessão do aeroporto mineiro no leilão realizado no ano passado.
Com a assinatura desta segunda, tem início o processo de transição na administração do aeroporto, mas a Infraero permanece como a responsável nos próximos cinco meses, quando a concessionária irá assumir as operações juntamente com a estatal por três meses, para apenas após esse período assumir totalmente a administração do aeroporto.
“O nosso propósito é que a Infraero se expanda e se expanda no sentido qualitativo da palavra. Queremos ela como protagonista desse processo de modernização”, disse Dilma durante a cerimônia de assinatura no Aeroporto Internacional Tancredo Neves.
De acordo com as regras de concessão, a Infraero permanece com 49 por cento dos aeroportos concedidos. Por meio dessa participação, o governo federal espera que a estatal absorva as inovações em gestão aeroportuária implantadas por empresas estrangeiras e as aplique em aeroportos não concedidos.
A qualidade dos serviços prestados nos aeroportos brasileiros, em especial diante do forte crescimento do setor na última década, tem sido alvo de críticas às vésperas de o país sediar a Copa do Mundo.
“Vamos ter de dar um salto de qualidade na gestão. Para isso essas concessões são fundamentais. As concessões vão trazer esse saber”, disse Dilma. “Essa relação entre a concessionária privada que é composta por empresas nacionais e internacionais será extremamente benéfica”, disse.
De acordo com o governo, o dinheiro obtido com a outorga dos aeroportos concedidos será aplicado na implantação de 270 novos aeroportos regionais, que serão operados pela Infraero.
Na semana passada o governo assinou o contrato de concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que também foi leiloado em novembro do ano passado. O consórcio Aeroportos do Futuro, formado pelas empresas Odebrecht e Changi, foi o vencedor.
Fonte: Reuters
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