Lojistas do DF confiantes em que 2024 terá um Natal promissor

A pouco mais de dois meses para o Natal, o setor de comércio de artigos de decoração temática do Distrito Federal exibe, em suas vitrines, prateleiras e depósitos, farta oferta de itens para embelezar a celebração da festa cristã de fim de ano. A expectativa, segundo lojistas ouvidos pelo Correio, é que as vendas aumentem entre 20% e 30% em relação ao ano passado.

Árvores natalinas, guirlandas e luzes relembram aos clientes que é hora de pensar a embelezar suas residências e locais de trabalho para o 24 de Dezembro. No Mercado Norte, em Taguatinga, a movimentação começou ainda em setembro, segundo vendedores. Rosineide Gomes da Silva, gerente comercial, disse que os consumidores começaram a comprar as mercadorias de seu estabelecimento logo que os mostruários foram montados. “Geralmente, procuram mais pelos pisca-pisca. Além disso, a gente vai reabastecendo o estoque porque muitas coisas esgotam rápido”, comentou.

No Taguacenter, nas fachadas dos comércios, além de itens de Natal expostos para a venda, há anúncios de contratação temporária. Gerente de uma papelaria, Evelyn Dantas explicou que a equipe sempre é reforçada nesta época do ano para conseguir atender ao crescimento expressivo da clientela. “A gente espera que, este ano, os negócios aumentem em uns 30%. Por enquanto, o pessoal está procurando por enfeites pequenos, mas a tendência é que as árvores sejam vendidas mais para a frente”, comentou.

Otimismo

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), Sebastião Abritta, avaliou que o cenário é positivo para as vendas. “A expectativa é de que as vendas aconteçam de forma crescente, uma vez que todas as datas comemorativas apresentaram crescimento neste ano. Os comerciantes estão otimistas, investiram em estoques, promoções, as vitrines já estão montadas e as vendas já começaram a acontecer porque, além dos estabelecimentos que precisam de decoração, há os consumidores que enfeitam as residências”, apontou.

“A gente entende, também, que os índices de empregos estão altos e que a inflação está mantida. A expectativa é que fechemos o ano com um cenário positivo em relação ao ano passado”, completou Abritta.

A psicanalista Fernanda Miranda pode ser exemplo do que o dirigente diz. Ela foi até a Feira dos Importados e desembolsou aproximadamente R$ 2 mil para decorar sua residência no Natal.

“Este ano, comprei alguns Papais-noéis, arranjos florais (artificiais), velas de led, globo de neve e alguns laços para adornar a minha árvore. Sempre foi uma tradição de família enfeitar a casa. Fazemos questão de ornamentar tudo, até o papel higiênico”, detalhou.

Buscando atender a clientes como Fernanda, a comerciante Cremilda Zerneri, transforma sua loja em um grande espaço natalino. Especializada em oferecer produtos decorativos para diversos momentos do ano, o negócio — afirma a proprietária — tem no Natal a época mais rentável. “A seção de Natal foi aberta em 6 de setembro. Nós começamos a vender esses itens com muita antecedência porque os clientes que costumam decorar estão ansiosos para planejar o que farão para dezembro”, esclareceu.

Cremilda declarou que as expectativas são altas para as vendas deste Natal. Ela comentou que os produtos da decoração temática tradicional — que combina o verde, vermelho e dourado — compete com os mais alternativos, que variam entre a personagens da Disney e imagens de doces e borboletas. “Nós planejamos o Natal 2025 enquanto vendemos o de 2024, todos os anos são assim”, acrescentou.

Precavidas

Animadas com a celebração, Helena Maria Brito, 75 anos, e Leyde Cristina Santos, 54, mãe e filha, respectivamente, começaram a pesquisar preços e produtos. A aposentada mora em Goiânia e aproveitou a visita à familiar, que mora em Águas Claras, para ir. “Todos os anos a gente decora a casa e eu costumo comprar no comércio de Taguatinga porque acho os preços melhores”, apontou a filha.

Moradora de Arniqueiras, Iracema Luz Mendes, 49, planeja-se todos os anos para ir às compras antes da maioria dos clientes. Isso porque ela acredita que os preços sobem e as opções diminuem conforme a data aproxima-se. “Quero montar uma árvore bem linda, lá em casa é uma tradição. Eu tento aproveitar uma coisa ou outra dos anos anteriores, mas, no geral, compro itens novos porque cada ano penso em uma cor diferente para a decoração.”

“Eu acredito que quem se antecipa consegue adquirir produtos diferenciados porque do início para a metade de novembro o que é diferente costumar esgotar. Outro motivo para eu montar antes é porque dá para aproveitar a decoração por um tempo maior”, confessou.

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