Não é de hoje que um cenário de tensão só cresce nas negociações entre governo federal e entidades representativas. Nesta semana, então, as coisas pioraram. Na reunião que tratou de possível reajuste ainda para 2024, a União sinalizou que a proposta de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026 está mantida. E mais: trativas de correção nos vencimentos passarão a ser discutidas especificamente com cada categoria. Nos bastidores, a ação representa a preocupação dos gestores com as greves dos técnicos-administrativos nas faculdades e institutos federais. Já é certa a ideia de que eles serão prioridade para receberem aumento ainda este ano. Segundo fontes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), uma proposta formal será entregue à categoria até o início de maio.
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A saída daria alívio financeiro, em comparação a um reajuste geral a todos os 200 mil servidores ativos, bem como retiraria de pauta a principal reivindicação desses funcionários da educação.
O MGI também não tirou de mesa o aumento de 51% nos benefícios, que só atingiria funcionários ativos.
Corrida contra o tempo dificulta ‘barganhas’
Segundo os grandes fóruns de servidores federais, a atitude representa regresso, já que um possível reajuste linear fica de escanteio.
Além disso, o aumento nos benefícios deixaria de fora a grande massa dos funcionários públicos aposentados e pensionistas, já que eles não recebem auxílios e vales.
A maior crítica dos servidores incide no argumento da União de que faltam recursos para uma correção geral.
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Outro ponto polêmico foi a indicação do MGI de que, caso qualquer categoria entrasse em greve, as negociações seriam encerradas. Quando essa cláusula foi exposta no encontro com os sindicatos, houve gritaria e pedido de que o encontro fosse cancelado.
O burburinho foi tanto que, horas depois, o MGI largou a exigência de mão. Agora, os representantes sindicais têm até amanhã para darem o aceite ou a recusa à proposta.
Ministra elucida cálculo de proposta entregue a classes
Em nota, a ministra do MGI, Esther Dweck, lembrou que o governo chegou a propor novos reajustes para os dois próximos anos, que, somados aos 9% já concedidos em 2023, representariam recomposição salarial de 19%. O valor ficaria acima da inflação projetada para o período.
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– A oferta dos dois reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelos servidores e, diante disso, o governo buscou alternativas para promover o aumento dos rendimentos dos funcionários públicos.
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