O grupo francês de mídia Vivendi concluiu um acordo para vender seu negócio brasileiro de banda larga GVT para a espanhola Telefónica por dinheiro e ações no valor de cerca de 7,2 bilhões de euros (9,29 bilhões de dólares), anunciaram as empresas nesta sexta-feira.
A transação está sujeita à aprovação regulatória no Brasil.
A Telefónica planeja incorporar a GVT à Vivo, sua marca de telefonia móvel no Brasil, para criar o maior grupo de telecomunicações do país, Telefônica Brasil.
Sob o acordo, a Vivendi vai receber não apenas uma participação de 7,4 por cento na Telefônica Brasil e 4,66 bilhões de euros em dinheiro, mas também optou por tirar das mãos da Telefónica sua participação remanescente na Telecom Italia – 8,3 por cento do capital votante da Telecom Italia, ou 5,7 por cento do seu capital social total.
A Vivendi tinha a opção de tomar a fatia da Telecom Italia ou obter 4,6 por cento adicionais da Telefônica Brasil.
Para a Telefónica, o acordo une seu negócio brasileiro de telefonia móvel à rede de banda larga da GVT, em um momento em que as empresas de telecomunicações buscam cada vez mais oferecer pacotes de celular e serviços de telefonia fixa, incluindo internet de banda larga e TV.
Para a Vivendi, a venda da GVT coroa uma tumultuada revisão de dois anos, em que vendeu três negócios de telecomunicações e seu braço de videogames para pagar dívida e se concentrar mais em mídia e conteúdo, como parte de uma estratégia defendida pelo presidente do Conselho da companhia, Vincent Bolloré.
Parte da busca da Vivendi por conteúdo vai se dar na Itália devido à sua nova participação na Telecom Italia na sequência da venda da GVT, que a empresa espera que será concluída em meados de 2015, após aprovação regulatória.
Os analistas têm sugerido que uma parceria entre a Vivendi, que detém a operadora francesa de TV por assinatura Canal Plus, e a Mediaset Premium poderia fazer sentido.
Fonte: Reuters
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