Paladin já enxerga a Viver nas páginas de classificados

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Primeiro, o fundo Paladin tratou de arrumar a casa: fez demissões, cortou significativamente os custos operacionais, vendeu ativos e renegociou uma dívida que já corroía as paredes e as pilastras da Viver, antiga InPar. Agora, passado o período de sangue, suor e lágrimas, tudo indica que chegou a hora de “convidar” os inquilinos a deixar este imóvel e abrir espaço para a chegada de outros moradores, quiçá até um novo proprietário. Controlador da incorporadora paulista, o Paladin prepara uma reforma societária que poderá culminar em um processo de fusão ou mesmo na venda da companhia. O caminho traçado pelos norte-americanos passa pela Bolsa. Dois grandes bancos de investimento trabalham com a informação de que o private equity está prestes a lançar uma oferta para recomprar as ações da Viver e fechar o capital da empresa. Trata-se de uma obra barata: o atual valor de mercado da incorporadora, castigado pelo período de dificuldades, torna o momento mais do que propício para a operação.

Em um exercício meramente hipotético, sem levar em consideração um eventual prêmio de controle, caso usasse como critério a cotação média dos últimos três meses, o Paladin pagaria algo em torno de R$ 0,16 por ação. Somando-se o volume de papéis em circulação no mercado e as participações em poder dos dois minoritários mais parrudos – Polo Capital e Orbe Investimentos -, os norte-americanos desembolsariam pouco mais de R$ 32 milhões ou aproximadamente US$ 14 milhões por 60% da Viver. Uma pechincha. Em 2008, quando desembarcou na velha InPar, o Paladin pagou o equivalente a US$ 40 milhões para ficar com metade da empresa. Ao recomprar as ações e se desvencilhar dos demais investidores que coabitam sob o teto da Viver, o Paladin teria o caminho livre para decidir o futuro da companhia.

Os norte-americanos poderiam, por exemplo, optar por uma fusão com outra incorporadora. Neste caso, um candidato natural seria a também paulista Altana. As duas empresas já são sócias em uma joint venture que tem em carteira projetos imobiliários com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 500 milhões. Outra hipótese seria a venda pura e simples do controle da empresa. Seja qual for o modelo adotado pelo Paladin, uma coisa é certa: a Viver de hoje é bem diferente da companhia que balançou e balançou nos últimos três anos. Nesse período, os norte- americanos reduziram as despesas operacionais em quase 60%. A venda de importantes projetos, como o condomínio Inpar Raposo Tavares, permitiu à companhia arrecadar cerca de R$ 200 milhões e equacionar parte expressiva da sua dívida. Em dois anos, o passivo caiu de R$ 700 milhões para cerca de R$ 240 milhões. Por essas e outras, o Paladin acredita que já dá para anunciar o nome da Viver nos classificados. Consultada pelo RR, a Viver não quis comentar o assunto.

Fonte: Blog IG Relatório Reservado

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