A sexta reunião da cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que acontecerá nos dias 14 e 15 de julho no Brasil, deve sacramentar a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics.
De acordo com o governo brasileiro, as negociações estão avançadas e a instituição financeira deve ter um capital inicial de US$ 10 bilhões, com cada país do bloco contribuindo com uma cota de US$ 2 bilhões.
Já o capital integralizado será de US$ 50 bilhões (R$ 111 bilhões atualmente).
O banco vai funcionar nos moldes do Banco Mundial, mas dentro do bloco. O objetivo é oferecer crédito para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, tanto nas nações que compõem o Brics como para outros países em desenvolvimento.
De acordo com o subsecretário-geral político do Itamaraty, José Alfredo Costa Lima, a intenção não é substituir o Banco Mundial, mas sim oferecer uma alternativa para os países em desenvolvimento. Segundo ele, é normal que a comunidade internacional estranhe a iniciativa.
— O banco tem sua razão de ser. Não é confrontacional. Ele intriga países que não se acostumaram ainda com uma associação, que tem similaridades e diferenças, mas pode contribuir para ideais que são benéficos para a comunidade internacional como um todo.
O nome do banco e a sede da instituição ainda não foram definidos. Xangai (China), Johannesburgo (África do Sul), Nova Deli (Índia) e Moscou (Rússia) apresentaram candidatura para sediar o novo banco. O Brasil foi o único país do bloco que não manifestou interesse em abrigar a sede.
Segundo o embaixador, falta ao Brasil infraestrutura adequada para sediar o banco do Brics.
— Para oferecer uma sede tem que ter uma sede. Tem que ter um edifício, um pessoal e tudo o que cerca a parte física e institucional. Os outros países estão muito mais adiantados que o Brasil. Essa teria sido uma razão para não termos apresentado a candidatura.
Fonte: Reuters
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