ALL ainda vê gargalos em portos apesar de melhora no cenário

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A ALL vê riscos de portos ainda afetarem suas operações quando terminar a duplicação de um trecho ferroviário em São Paulo, disse o diretor de finanças e relações com investidores, Rodrigo Campos.

Segundo o executivo, a situação pode gerar gargalos para um aumento do volume transportado no trecho além do previsto.

“A duplicação traz muita capacidade (de transporte) e joga muita produtividade no sistema. A gente sabe que porto é uma restrição”, disse ele em teleconferência com analistas, acrescentando que, para ter um crescimento além do orgânico, será necessário mais infraestrutura em portos.

Ainda assim, Campos afirmou que os problemas vistos em portos no ano passado, com incêndios em terminais prejudicando os volumes da ALL, não devem voltar a se repetir neste ano e que o cenário está melhor.

“Muita coisa deu errado no porto (no ano passado). Para esse ano, boa parte das coisas que aconteceram estão resolvidas, então a gente está preparando para um crescimento. Obviamente que saltos em grão vai depender de mais porto”, afirmou o executivo.

Segundo Alexandre Santoro, presidente da ALL, a companhia prevê terminar a duplicação do trecho entre Campinas e Santos em março do próximo ano. A ALL recebeu no início deste ano a licença ambiental que precisava para prosseguir com as obras.

A empresa divulgou na terça-feira uma queda de 78 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre ante igual período de 2013, totalizando 7,4 milhões de reais, em meio a aumento de custos que ofuscaram o crescimento nos volumes transportados e de tarifas de frete.

Campos afirmou que o preço do frete pode começar a cair nos próximos meses, mas ressaltou que o movimento é sazonal após picos em fevereiro e março.

Sobre a proposta da Rumo, empresa de logística da Cosan, de incorporar a ALL, os executivos evitaram comentar, lembrando apenas que amanhã ocorre a assembleia de acionistas sobre o tema.

O Conselho de Administração da ALL já aprovou a proposta, mas uma combinação das empresas, que enfrentam disputas na justiça envolvendo descumprimentos de contratos, só deve ocorrer após aprovação de órgãos reguladores.

Fonte: Reuters

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