Pressionado, conselho da Oi deve aprovar mudanças no plano

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O Conselho da Oi está disposto a fazer mudanças que tornem o plano de recuperação judicial da empresa mais palatável aos credores, segundo uma pessoa próxima às discussões. Em reunião nesta quarta-feira, o conselho deve aprovar mudanças que incluem o momento em que uma taxa de adesão será paga aos credores que concordarem em participar do aumento de capital da empresa, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque as conversas são privadas.
Mudanças representariam uma vitória para a administração da empresa, a Anatel, credores e o próprio juiz que preside a recuperação judicial, já que todos expressaram o temor de que o pagamento antecipado da taxa de adesão poderia drenar o caixa da empresa, que já está em dificuldades financeiras.

As pressões sobre o conselho da Oi aumentaram no último mês. Após os diretores estatutários da empresa se recusarem a assinar o plano proposto pelo conselho, a Anatel interveio e disse que o PSA (plan support agreement) a ser apresentado aos detentores de dívida precisaria ser previamente aprovado pela agência.
Último elemento a gerar tensão foi o comentário feito pelo juiz que preside a recuperação, de que, caso o conselho continue tentando limitar a habilidade da administração de negociar um plano com os credores de forma a impossibilitar um consenso, ele pode optar por colocar em votação na assembleia o plano proposto pelos credores.
Outra mudança seria que o aumento de capital não mais dependerá da aprovação do conselho.
Uma vez aprovado o plano de recuperação judicial pelos credores, o aumento de capital precisa obrigatoriamente acontecer em até dois anos, mesmo que as condições precedentes – como o julgamento do plano em segunda instância – ainda não tenham sido cumpridas.
O Conselho também vai querer limitar a parcela do aumento de capital que será destinada aos detentores de dívida, disse a
pessoa. No plano atual, os credores podem participar com no mínimo R$ 3,5 bi numa eventual venda de ações da empresa.
Nesta quarta, o conselho deve colocar um teto de R$ 5,5 bi a esse aporte, disse a pessoa.

 

Fonte: Bloomberg

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